A reforma urbana do bairro do Recife no início do século XX, com abertura de avenidas, construção de novos edifícios e a reestruturação do porto, permitiu que diversas atividades ligadas ao comércio de exportação e importação, companhias financeiras, além de escritórios e outros comércios de apoio ali se instalassem. Nessa época, a praça recebeu o nome de General Artur Oscar Andrade Guimarães, homenageando o vencedor do movimento revolucionário de Canudos (1893-1897). Em 1934, Burle Marx foi convidado pelo então prefeito João Pereira Borges para realizar uma reforma na praça, cujas obras foram concluídas em 1937. Compreendendo ser este pátio uma área de intensa dinâmica urbana de comércio e serviços, o projeto do paisagista contempla a travessia em todas as direções, ao definir um grande largo com piso de lajotas entremeadas por grama, contornado por uma linha de árvores nas bordas intercaladas por bancos e no centro, um canteiro em forma de círculo com espécies da flora do litoral resistente à salinidade.
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Inventário



Flora
No levantamento florístico realizado em 2011, pelo Laboratório da Paisagem/UFPE, identificou-se no local cinco espécies: coração-de-negro, oiti, casuarina; palmeira-imperial e primavera. Pela maturidade dos indivíduos de coração-de-negro e oiti, e pela disposição no desenho da praça, possivelmente são remanescentes do projeto original. A palmeira-imperial, a casuarina e a primavera foram espécies introduzidas em sucessivas intervenções pelas quais passou a praça.
Estrutura
Bancos de madeira tipo veneziano; Placa de inauguração em concreto; Painel com mapa do Bairro do Recife; Busto do Almirante Tamandaré; Suporte escultórico de apoio à árvore.
Localização
Localização: delimitada pelas ruas do Bom Jesus, Barão Rodrigues Mendes, da Guia e do Observatório, no Bairro do Recife.
Área: 2.905,46 m²
Intervenções: projetada e construída por autor desconhecido (1870); Roberto Burle Marx (1936); reformada pela arquiteta Maria Inês de Oliveira Mendonça (1976).
Entorno
A Praça Artur Oscar no Bairro do Recife, definida por ruas estreitas e edificações sem recuo, no paramento da rua, que caracterizam a morfologia de séculos de ocupação do centro histórico do Recife, quando os pátios exerciam importante função de amenização climática e espaços de lazer. No seu entorno encontram-se a Torre Malakoff e o Paço do Frevo.